domingo, maio 06, 2007

Maio - Mês da Mãe

Maio é o mês de Nossa Senhora. Porque é a Mãe de Jesus, não lhe podemos ser indiferentes. Mas ela é, desde o Calvário, também a nossa Mãe. E assim como numa família a mãe é o coração da casa, assim Nossa Senhora é o traço de união entre todos os redimidos, e o seu coração é o sacrário onde cabem todos os Filhos de Deus. A Religião que não venera Maria é, de algum modo, pobre e fria, porque é um lar que não tem mãe. Por isso, os cristãos sentem uma alegria permanente por terem por mãe, a Mãe de Jesus, que é também Mãe da Igreja, da qual fazem parte. Por isso, as flores brancas, por mãos piedosas a seus pés colocadas não mais deixarão de embelezar o seu trono. Por isso, neste mês que lhe é dedicado, além da missa e do sacramentos, rezemos-lhe o terço, que tanto nos pediu em Fátima, tomemos parte se possível, nas devoções marianas da nossa freguesia. E do Céu, de junto do seu Filho, em recompensa de tanto amo e sacrifício, Maria, continuará a velar pelos seus filhos queridos.

Mais Audácia nos Jovens!!!

A sociedade a cada dia que passa mais contra ela própria se encontra. A confiança nos políticos e nas políticas por ele adoptadas, diminui a cada promessa não cumprida ou a cada decisão mal tomada. O exemplo de honestidade e respeito pelos outros, raramente bem de cima. Mas as pessoas aplaudem cada vez mais a quem lhes mente, do que aqueles que mesmo sendo duras, lhes dizem as verdades. Esta falta de credibilidade aliada ao desinteresse da população, nos políticos e nas políticas por eles adoptadas, dá espaço para que proliferem políticos menos sérios, como tantos exemplos existem por este Portugal fora. E este desinteresse vai passando de geração em geração, levando os jovens a estarem cada vez mais afastados da política, cada vez mais descrentes dos políticos e das políticas por eles defendidas. Será um país sem políticos que queremos!? Será que o país ficará melhor sem novas ideias e projectos dos jovens!? Quem terá mais condições de lutar por um melhor futuro, senão aqueles que o terão de viver! É preciso pensar nisto. A culpa da crise politica em que vivemos é contributo dum passado que não pensou no futuro, dum passado que não olhou a meios para atingir os seus fins, um passado que teima em durar nos dias de hoje. Infelizmente, actualmente, poucos são os jovens que se preocupam com a política e para piorar, ainda existem muitos obstáculos a superar para conseguirem mostrar as suas ideias, os seus projectos. O maior de todos, ainda é a critica social. Quanto mais jovens, mais desconfiança a população tem deles, e nos seus ideais. Por mais honestos que os jovens queiram ser, por mais directos e frontais que os jovens sejam, por mais vontade que tenham em lutar por politicas melhores, politicas que tragam melhorias significativas para todos, que definam critérios mais justos e contribuam para uma maior igualdade das condições de vida, a população tem a tendência de desconfiar. Desconfiam das gerações mais novas, mas consentem, muitas vezes, as grandes promessas políticas, de políticos mais calejados, que sabem dar a volta aos programas eleitorais para iludir o eleitorado. Se as pessoas tomarem um pouco de atenção ao que esta a ser feito e como esta a ser feito, conseguem mais facilmente perceber qual o programa eleitoral mais viável e qual o que mais valias traz para o seu país, para a sua localidade e para si. Todos temos, e devemos ter um contributo a dar à sociedade, agora também é necessário saber dá-lo. Mais ou menos activos na politica da nossa sociedade, conscientemente devemos fazer as nossas escolhas e lutar pelos nossos objectivos, bem como, apoiar quem luta pelas mesma causas. Acima de tudo, temos de saber viver em comunidade, respeitando os outros e a sua opinião, e nunca esquecendo que, “a nossa liberdade termina onde começa a liberdade do outro”. A todos os jovens que lutam pelos seus objectivos e ideais, a todos os que lutam para dignificar a "camisola que vestem", ao serem criticados não baixem os braços. Pois os que vos criticam, apresentando soluções para melhorar o que está menos bem, só vos querem bem, e preocupam-se com os vossos problemas e confiam nos vossos objectivos e ideais. Agora os que vos criticarem só por criticar, são pessoas que invejam o vosso sucesso e a vossa força em lutarem por algo que acreditam.“É preciso ter amigos e inimigos; amigos para nos ensinarem o nosso dever, e inimigos para nos obrigarem a fazê-lo”, Plutarco

Por Ricardo Caniçais

“Não se Resignem”

O Presidente da República, Cavaco Silva, no seu discurso, na sessão solene dos 33 anos do 25 de Abril, no Parlamento, pediu aos jovens que não se resignem. “Não me resigno nem me conformo na batalha pela qualidade da democracia portuguesa”. Preocupado por os jovens se empenharem pouco na vida política, admitindo existirem “sinais de alguma preocupação”, deixando alguns alertas sobre a qualidade da democracia. “Temos de deixar aos nossos filhos e aos nossos netos um regime em que sejamos governados por uma classe política qualificada, em que a vida política se paute por critérios de rigor ético, exigência, competência, em que a corrupção seja combatida por um sistema judicial eficaz e prestigiado”, afirmou. “Acima de tudo, temos de deixar aos jovens a ideia de democracia como um código moral e um sentido de identidade colectiva”. Cavaco Silva apelo também aos políticos para que “unam esforços” a favor da “qualidade da democracia”. “É necessário que os agentes políticos se empenhem mais na prestação de contas aos cidadãos, que os portugueses conheçam e compreendam o sentido e os objectivos das medidas que vão sendo adoptadas, que exista clareza e transparência na relação entre o poder político e a comunidade cívica», acrescentou. Afirmando que é necessário que “exista uma clara separação entre actividades políticas e actividades privadas, que as situações de conflito de interesses sejam afastadas por imperativo ético e não apenas por imposição da lei”. Apelo também, às “diversas forças políticas” para que, “ao invés de se ficarem apenas pelo que as divide”, juntem “esforços e fazer obra em comum”. ”Só assim poderemos conquistar o interesse das novas gerações pela actividade política”. Na sua intervenção o Presidente da República manifestou, também, a sua preocupação pelo alheamento dos jovens face à causa política, perguntando directamente aos deputados se o formato de cerimonial das comemorações do 25 de Abril não devia sofrer uma inovação. “Não estarão as cerimónias do 25 de Abril a converter-se num ritual que já pouco diz aos nosso concidadãos? Preocupo-me, sobretudo, com o sentido que este dia da liberdade possui para os mais jovens, para aqueles que nasceram depois de 1974. Nós, os que estamos hoje aqui reunidos, não somos o donos da revolução nem os proprietários da democracia”. Cavaco Silva adiantou que sente orgulho na juventude de Portugal e por isso mesmo, confia no futuro do país.

Retirado do discurso do Presidente da Republica